sábado, 2 de maio de 2015

Promessas #2

FALA, RETRANQUEIROS!

Nesse segundo capítulo da série, vamos apresentar dois defensores que debutaram por suas seleções na categoria sub-17 e que sem dúvidas, estão entre as cem maiores promessas do mundo. Nossos futuros craques de hoje são:

NOME: Aymeric Laporte
NACIONALIDADE: francesa
IDADE: 20 anos
TIME ATUAL: Athletic Bilbao (Espanha)
POSIÇÃO: zagueiro
PÉ: canhoto
PRINCIPAIS ATRIBUTOS: com 1,89m de altura, é um defensor com ótimo cabeceio. Possui também, um bom tempo de bola, fazendo ótimas interceptações e claro, sempre marcando muito bem os adversários.
CARREIRA: chegou ao Bilbao após ter sido observado por profissionais do clube em um amistoso contra o próprio time espanhol, atuando pelo complexo de Aquitânia. Jogou primeiramente no time B e no final de 2012, teve uma estreia importante pela equipe principal em um confronto na Liga Europa contra o Hapoel Shmona. Hoje é titular em sua equipe e aguarda sua primeira convocação na seleção principal da França.


NOME: Simone Scuffet
NACIONALIDADE: italiana
IDADE: 18 anos
TIME ATUAL: Udinese (Itália)
POSIÇÃO: goleiro
PÉ: destro
PRINCIPAIS ATRIBUTOS: apesar de não ser considerado um goleiro tão alto (com 1,88m de altura), é compensado com um excelente reflexo e sempre pula muito bem. Sai quase perfeitamente do gol em bolas alçadas na área.
CARREIRA: toda a sua jornada de juniores foi vivenciada na base da Udinese. Subiu para os profissionais ano passado e rapidamente estreou contra o Bologna em Fevereiro na liga após a lesão de Brkic (goleiro titular na época). Não se firmou no time titular por ainda ser inexperiente, mas se depender de seu precoce talento, terá um grande futuro pela frente.

quinta-feira, 30 de abril de 2015

Grandes goleiros reservas

FALA, RETRANQUEIROS!

Hoje vamos falar de algo que infelizmente, é deixado um pouco de lado por nós, fãs de futebol. Trata-se dos nossos goleiros reservas. Sim, eles também são importantes, apesar de na maioria das vezes serem sempre vistos no banco de reservas.

Marcelo Grohe (à esq.) e Paulo Victor. Ambos tornaram-se
titulares de suas equipes apenas aos 27 anos.

A posição de guarda-redes, geralmente, não requer muitas substituições e revezamentos, pois os goleiros não passam os 90 minutos percorrendo o campo e acabam não se cansando tanto quanto os jogadores de linha. Sendo assim, os goleiros suplentes acabam participando menos no time titular durante a temporada, atuando quase sempre, em momentos de lesão do goleiro titular ou em jogos considerados mais fáceis.
Contudo, há muitos bons goleiros no futebol que quase sempre apenas assistem aos jogos na beira do campo e não têm o seu talento aproveitado da maneira certa. Muitas vezes, até veem outro goleiro sendo contratado para suprir a vaga que o antigo titular deixou após uma transferência, mas ultimamente os treinadores andam reparando mais nesses casos e acionando esses grandes goleiros para que não haja desperdícios.

Revezamento de goleiros em times


É uma tática pouco utilizada no passado, mas que tem estado presente mais frequentemente em alguns clubes do mundo, como por exemplo no Chelsea, onde o experiente arqueiro Petr Cech dividia a posição com o jovem belga Thibaut Courtois.
Cech era titular na UEFA Champions League, enquanto Courtois assumia o gol nos jogos da liga. Porém, recentemente o rodízio não tem sido realizado por José Mourinho, o atual treinador, e Petr acaba de assumir estar de saída dos Blues na próxima janela de transferência para buscar mais espaço.
Na temporada passada, o Real Madrid quase vivenciou esse dilema. Por muito pouco não viu o seu grande ídolo Iker Casillas deixar o clube, após participar de rodízios impostos também por Mourinho (treinador da equipe antes de ir para a Inglaterra trabalhar no Chelsea), com Diego López, ex-goleiro reserva atualmente no Milan.
Percebe-se que muitas vezes, esse revezamento acaba causando insatisfação do goleiro titular que viveu e vive uma grande história no clube, tornando mais difícil a ação dos goleiros reservas, mas ultimamente, há alguns casos que acabam se tornando até uma solução para a equipe, que é a situação atual do Borussia Dortmund.
Roman Weidenfeller é um excelente goleiro, mas que está passando por altos e baixos nessa temporada e nesse segundo semestre após o revezamento de posição com o reserva Mitchell Langerak, o time vem conquistando maiores resultados.

E nas seleções?

É onde mais se encontra grandes goleiros reservas. Muitas vezes, alguns países sortudos possuem vários goleiros de qualidade e acabam causando dor de cabeça para o técnico, que tem de se virar para dar oportunidade a todos.
A seleção brasileira é um bom exemplo, pois na maioria das competições que já participou em sua história, teve a honra de contar com o serviço de grandes goleiros no mesmo time, como em 2002 na Copa do Mundo, quando Luiz Felipe Scolari, comandante da equipe na época, pode convocar Dida, Marcos e Rogério Ceni para defender o país, então sempre que o titular (Marcos) não estava disponível, Rogério ou Dida assumiam e mantinha a meta brasileira protegida sem grandes problemas.
Um caso curioso que vale destacar, foi o acontecido na última Copa do Mundo aqui no Brasil, quando Louis van Gaal, ex-treinador da seleção holandesa, substituiu o goleiro Jasper Cillessen no final da prorrogação contra a seleção da Costa Rica, dando lugar ao reserva Tim Krul, quando percebeu que o jogo se encaminharia para os penalties, gerando uma grande surpresa, inclusive para Jasper, que não reagiu bem após sair.

Cillessen sendo substituído ao final do tempo extra.

Contudo, van Gaal sabia que Krul tinha mais vocação em defesas de penalty e resolveu ''queimar'' uma substituição para tentar ganhar o jogo. E ganhou. Com duas defesas de Tim, a Holanda fez 4-3 nas penalidades máximas e avançou à semi-final da competição.

Em geral, os times costumam disputar, no mínimo, cinquenta partidas durante o ano, então se os treinadores conhecerem bastante o seu elenco e perceberem a qualidade de seus goleiros reservas, não há porque não deixarem eles mostrarem um pouco do seu trabalho.


Texto sugerido pelo leitor Derek Acosta Nascimento.

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Camisas 10 brasileiros na atualidade

FALA, RETRANQUEIROS!

Semana passada, falamos de um tema que está em evidência no mundo futebolístico atualmente, que é o dilema dos camisas 10 (veja mais em: http://soretranca.blogspot.com.br/2015/04/extincao-dos-camisas-10.html), porém, deixei para focar nessa semana, tal assunto se tratando do Brasil, o nosso país, o país do futebol.
Não é de hoje que, qualquer pessoa que conheça um pouco sobre futebol aqui no Brasil, vem sentindo falta daquele super craque que atua no meio-de-campo distribuindo as jogadas, do seu time, e principalmente, da seleção brasileira. Tínhamos craques assim em abundância, até a copa de 2006, quando a seleção tinha a opção de convocar nomes como Ronaldinho Gaúcho, Alex, Zé Roberto, Juninho Pernambucano etc., para armar o jogo, mas desde então, esse grande leque de opções veio diminuindo.
Até dizem por aí que após a aposentadoria de Alex (ex-Coritiba e ídolo por onde passou) no final do ano passado, acabaram-se os camisas 10 brasileiros, mas sabemos que ainda restam alguns jogadores atuando nessa função, então vamos falar sobre eles:

Alex, ''o último camisa 10 do Brasil''.

Meias talentosos que atuam no Brasil

Atualmente, podemos ver poucos brasileiros fazendo a função de um típico camisa 10 nos clubes nacionais, devido à escassez desse tipo de jogador. Com isso, os clubes estão optando por contratar jogadores de outros países, como o Internacional fez ao contratar o argentino Andrés D'alessandro, o Palmeiras com o seu ídolo chileno Jorge Valdívia, entre outros.
Os brasucas que desempenham esse papel de armar as jogadas dos times aqui no Brasil, não vêm conseguindo espaço na seleção. Alguns casos por irregularidade dentro de campo e outros por perderem na concorrência para meias que atuam no exterior. Mas vamos ao que interessa. São eles:

- Meias clássicos: Danilo (veterano do Corinthians que joga com classe e que injustiçadamente jamais fora convocado para a seleção), Jadson (também do Corinthians), Cleiton Xavier (Palmeiras), Alex (Internacional), Wagner (Fluminense) e Ganso (São Paulo);

- Meia moderno, rápido, mas também criativo: Lucas Lima (Santos);

- Atacante que passou a atuar como um meia-armador: Guilherme (Atlético-MG);

Principais promessas que atuam no Brasil: Gérson (Fluminense), a principal joia do momento, que claramente vem sendo convocado para seleções de base; Gabriel Xavier e Alisson (Cruzeiro) e Arthur Maia (Flamengo).


P.H. Ganso, um dos principais maestros brasileiros
que não vem sendo convocado por não dar sequência
a bons momentos pelo São Paulo.
.

Meias talentosos no exterior

Temos alguns camisas 10 espalhados pelo mundo que demonstram muito talento. Vamos aos nomes:

- Meias clássicos: Philippe Coutinho (Liverpool), Diego (Fenerbahçe), Douglas Costa (Shakhtar), Éverton Ribeiro (Al-Ahli), e Thiago Neves (Al-Hilal);

- Ronaldinho Gaúcho (Querétaro), que antes era um meia atacante rápido e criativo. Hoje, com 35 anos, já atua mais centralizado, distribuindo passes, mas mantendo os dribles desconsertantes;

*Oscar e Willian (Chelsea),  Ricardo Goulart (Guangzhou Evergrande) e Kaká (veterano atualmente no Orlando City) não armam muitas jogadas, mas possuem muita habilidade e velocidade*

Dos citados acima, apenas Ronaldinho, Diego e Thiago Neves ainda não tiveram oportunidade na seleção com o atual comandante Dunga.

Principais promessas no exterior: Rafinha Alcântara (Barcelona), vem sido convocado para a seleção sub-23 juntamente com Anderson Talisca (Benfica); Lucas Piazon (Eintracht Frankfurt) que também recebeu algumas oportunidades na seleção olímpica; e Carlos Eduardo (Nice), que não possui mais idade olímpica (25), mas que tem um futebol promissor.

P. Coutinho, 22 anos, vem sendo a esperança para o Liverpool e
para  a seleção brasileira.

Por mais que os meias-armadores estejam em falta, como podemos perceber não só no Brasil, como no mundo, ainda há soluções para o atual problema de criação que os times vêm encontrando. Mudanças de tática, utilização de segundos-volantes armadores (já mensurado no ultimo post do blog) e etc., ajudam bastante a dar mais dinâmica à um sistema de jogo e a suprir essa atual carência no futebol.





sábado, 25 de abril de 2015

Extinção dos camisas 10?

FALA, RETRANQUEIROS!

Hoje vamos analisar o que está acontecendo com os nossos camisas 10 do futebol, ou melhor, os nossos jogadores que atuam como um verdadeiro 10, porque hoje em dia, ''até goleiros estão utilizando essa gloriosa numeração''.

Maradona (à esq.) e Zico, craques que honraram a 10.

Antigamente, a maioria esmagadora dos times costumavam dar a típica camisa ao maestro da equipe, aquele ser criativo muito técnico, que tinha ótimo controle de bola, distribuía passes magníficos, ditava o ritmo do jogo e muitas vezes, também, entrava na área para concluir a jogada. Já hoje em dia, é mais comum encontrar atacantes com essa numeração, sendo possível também, encontrar a 10 com meias rápidos que jogam pelas beiradas e com segundos-volantes mais ofensivos. Encontrá-la em outras áreas do campo já se torna algo inusitado ou até mesmo ''desleixado''.

Ibrahimovic, atacante do PSG que usa a camisa 10.

Mas por que os camisas 10 estão desaparecendo?

Bem, aponta-se por aí que com a modernização do futebol, os clubes buscam jogadores com bastante explosão física e velocidade para ter um time competitivo e aguentar a grande maratona de jogos, fazendo assim, o futebol mais mecânico e rápido. Porém, plantou-se uma dúvida: os maestros não se adaptaram ainda ao futebol moderno ou o futebol moderno está ''marginalizando'' os nossos meias clássicos? Talvez eles já estejam se adaptando, jogando em uma posição do campo que facilita esse trabalho mecânico do time, como por exemplo, os já citados segundos-volantes, que possuem bastante técnica e que ditam o ritmo do jogo, além de ajudarem na marcação.

Eis a grande pergunta: serão os segundos-volantes os nossos meias de ligação?

   Jack Wilshere, segundo-volante do Arsenal que faz a
transição do meio para o ataque.


Ainda há verdadeiros camisas 10 em atividade?

Sim. São jogadores raros que desempenham essa função da maneira tradicional, mas que tiveram que se tornar mais rápidos para acompanhar o ritmo do ataque e que se mantém em evidencia no futebol hoje, que é o caso dos atletas Iniesta, David Silva, James Rodríguez e Di María. Özil, Arda Turan e Sneijder são meias um pouco mais lentos, mas que possuem o talento necessário para desempenharem essa função.

Andrés Iniesta, usa a 8 e joga como um verdadeiro 10.


Obs.: Há também craques extremamente completos e talentosos em campo, que fazem história no futebol e que mereceram e merecem brilhar com a camisa 10, pois atuam em qualquer área do setor ofensivo, que é o caso do Rei Pelé, de Johan Cruijff e de Lionel Messi.

     Pelé, maior jogador da história do futebol, que
obviamente vestia a 10.





quinta-feira, 23 de abril de 2015

Promessas #1

SALVE, RETRANQUEIROS!

Hoje daremos início a uma nova série no blog. O título é auto-explicativo, trataremos de apresentar toda semana dois jovens jogadores que possuem grande potencial para se tornarem craques em um futuro próximo. Nossas joias de hoje são:


NOME: Youri Tielemans
NACIONALIDADE: belga
IDADE: 17 anos
TIME ATUAL: RSC Anderlecht (Bélgica)
POSIÇÃO: segundo volante e meia-armador
PÉ: ambidestro
PRINCIPAIS ATRIBUTOS: chutes precisos de fora da área com as duas pernas e lançamentos longos. Consegue manter um ótimo equilíbrio entre a defesa e o ataque.
CARREIRA: esteve presente nas categorias de base do Anderlecht de 2012 até 2013, quando subiu para os profissionais, com 16 anos. No mesmo ano, se tornou o mais novo jogador belga a participar de uma UEFA Champions League. Foi eleito a revelação belga do ano de 2014. Está presente nas seleções de base da Bélgica desde o sub-15.


NOME: Memphis Depay
NACIONALIDADE: holandesa
IDADE: 21 anos
TIME ATUAL: PSV Eindhoven (Holanda)
POSIÇÃO: meia-esquerda e atacante
PÉ: destro
PRINCIPAIS ATRIBUTOS: consegue dar piques longos com muita velocidade e excelente controle de bola. Realmente não é fácil tomar a bola de Memphis, pois ele também consegue driblar os marcadores facilmente. É um jogador bastante habilidoso.
CARREIRA: chegou às categorias de base do PSV em 2006 e ficou até subir para o profissional em 2011. Conseguiu ter atuações de destaque que o levou a disputar uma Copa do Mundo em 2014 por sua seleção e marcou dois gols. Estreou pela seleção dos Países Baixos em 2013 e já disputou 15 jogos. Vem sendo convocado desde o sub-15 até os dias de hoje. Pelo seu clube, conquistou recentemente a Eredivisie 2014-15.