Semana passada, falamos de um tema que está em evidência no mundo futebolístico atualmente, que é o dilema dos camisas 10 (veja mais em: http://soretranca.blogspot.com.br/2015/04/extincao-dos-camisas-10.html), porém, deixei para focar nessa semana, tal assunto se tratando do Brasil, o nosso país, o país do futebol.
Não é de hoje que, qualquer pessoa que conheça um pouco sobre futebol aqui no Brasil, vem sentindo falta daquele super craque que atua no meio-de-campo distribuindo as jogadas, do seu time, e principalmente, da seleção brasileira. Tínhamos craques assim em abundância, até a copa de 2006, quando a seleção tinha a opção de convocar nomes como Ronaldinho Gaúcho, Alex, Zé Roberto, Juninho Pernambucano etc., para armar o jogo, mas desde então, esse grande leque de opções veio diminuindo.
Até dizem por aí que após a aposentadoria de Alex (ex-Coritiba e ídolo por onde passou) no final do ano passado, acabaram-se os camisas 10 brasileiros, mas sabemos que ainda restam alguns jogadores atuando nessa função, então vamos falar sobre eles:
Alex, ''o último camisa 10 do Brasil''. |
Meias talentosos que atuam no Brasil
Atualmente, podemos ver poucos brasileiros fazendo a função de um típico camisa 10 nos clubes nacionais, devido à escassez desse tipo de jogador. Com isso, os clubes estão optando por contratar jogadores de outros países, como o Internacional fez ao contratar o argentino Andrés D'alessandro, o Palmeiras com o seu ídolo chileno Jorge Valdívia, entre outros.
Os brasucas que desempenham esse papel de armar as jogadas dos times aqui no Brasil, não vêm conseguindo espaço na seleção. Alguns casos por irregularidade dentro de campo e outros por perderem na concorrência para meias que atuam no exterior. Mas vamos ao que interessa. São eles:
- Meias clássicos: Danilo (veterano do Corinthians que joga com classe e que injustiçadamente jamais fora convocado para a seleção), Jadson (também do Corinthians), Cleiton Xavier (Palmeiras), Alex (Internacional), Wagner (Fluminense) e Ganso (São Paulo);
- Meia moderno, rápido, mas também criativo: Lucas Lima (Santos);
- Atacante que passou a atuar como um meia-armador: Guilherme (Atlético-MG);
Principais promessas que atuam no Brasil: Gérson (Fluminense), a principal joia do momento, que claramente vem sendo convocado para seleções de base; Gabriel Xavier e Alisson (Cruzeiro) e Arthur Maia (Flamengo).
P.H. Ganso, um dos principais maestros brasileiros que não vem sendo convocado por não dar sequência a bons momentos pelo São Paulo. . |
Meias talentosos no exterior
Temos alguns camisas 10 espalhados pelo mundo que demonstram muito talento. Vamos aos nomes:
- Meias clássicos: Philippe Coutinho (Liverpool), Diego (Fenerbahçe), Douglas Costa (Shakhtar), Éverton Ribeiro (Al-Ahli), e Thiago Neves (Al-Hilal);
- Ronaldinho Gaúcho (Querétaro), que antes era um meia atacante rápido e criativo. Hoje, com 35 anos, já atua mais centralizado, distribuindo passes, mas mantendo os dribles desconsertantes;
*Oscar e Willian (Chelsea), Ricardo Goulart (Guangzhou Evergrande) e Kaká (veterano atualmente no Orlando City) não armam muitas jogadas, mas possuem muita habilidade e velocidade*
Dos citados acima, apenas Ronaldinho, Diego e Thiago Neves ainda não tiveram oportunidade na seleção com o atual comandante Dunga.
Principais promessas no exterior: Rafinha Alcântara (Barcelona), vem sido convocado para a seleção sub-23 juntamente com Anderson Talisca (Benfica); Lucas Piazon (Eintracht Frankfurt) que também recebeu algumas oportunidades na seleção olímpica; e Carlos Eduardo (Nice), que não possui mais idade olímpica (25), mas que tem um futebol promissor.
P. Coutinho, 22 anos, vem sendo a esperança para o Liverpool e para a seleção brasileira. |
Por mais que os meias-armadores estejam em falta, como podemos perceber não só no Brasil, como no mundo, ainda há soluções para o atual problema de criação que os times vêm encontrando. Mudanças de tática, utilização de segundos-volantes armadores (já mensurado no ultimo post do blog) e etc., ajudam bastante a dar mais dinâmica à um sistema de jogo e a suprir essa atual carência no futebol.
Pô Brenno cadê o FM10 aí ?
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